Jornalista/Repórter. Rubenn Dean Paul Alws. Drt.33.689-1rj. Rio de Janeiro/Brasil.
Brasil é o país das prioridades erradas.
Ambas as partes, quando há um voto. Tem direito de cobrar um do outro. Esse é o significado de um voto.
O voto é o resultado da articulação dos afetos e dos desejos; sua racionalidade está no domínio da emoção. A cidadania sofre a ação dos desejos declarados ou não ditos, sendo em sua concretude racional diária incapaz de agir sobre os sentimentos.
Analisar o porque do voto, nos traz uma dualidade; pois procuramos cálculos políticos nas escolhas e a decisão de fato está vinculada ao terreno movediço das paixões.
A emoção, mais que a razão, opera a formatação da interioridade de cada eleitor, sendo o ato de votar a expressão mais profunda de uma verdade passional pelo desejo.
O voto no mundo da política real é a materialização da fantasia. O voto é um ato de prazer, de ódio, de desprezo, de felicidade, de depressão ou de euforia.
O voto é a manifestação palpável de dimensões afetivas subjacentes às relações políticas visíveis na racionalidade aparente das práticas de governo e Estado. O voto é um agradecimento, uma vingança, um pedido de perdão ou de socorro.
O voto é um emblema de esperança. Seu simbolismo está no poder real de fundar uma nova ordem afetiva para os sentidos diários da vida do eleitor. O voto é uma catarse.
O voto tem uma lógica eminentemente afetiva, construída na subjetividade do eleitor a partir de um arsenal de artifícios, de manobras e representações do imaginário social e dos sentidos. O voto é uma estratégia da emoção. E muitas vezes uma cilada dos desejos.
O voto é então uma forma acabada de afeto, incubado por sofrimentos, gratidões, êxtases e alegrias. Votar é fazer do devaneio realidade política.
O voto está muito além do realismo político; ele é o momento em que se produz a transmutação dos sentidos represados na alma em gozo.
O voto é o acontecimento de um sonho.
Jornalista/Repórter. Rubenn Dean. rj " Drt.33.689-1rj "
Na prática, o ano de 2016 começa hoje. E com a perspectiva de que muita coisa irá mudar. Para pior, claro. Não dá para esperar outra coisa de uma nação que pode bem ser resumida com o título deste texto. Sim, somos o País que se preocupa com as coisas erradas.
Quebramos o pau pelas razões mais frívolas. Não temos força para nos indignarmos com o aumento dos preços da passagem de ônibus e dos combustíveis porque precisamos guardar forças para começar a pular em bloco de carnaval de rua um mês antes do Carnaval em si. Por conta de qualquer tipo de proibição em nossos momentos de lazer regados a cerveja quente de milho em copos plásticos, somos capazes de arregimentar multidões. Na hora de protestar contra o caos hospitalar, ficamos quietos como um bando de ovelhas depois de um bom pasto. Agimos como se fosse normal usar tijolos como papel higiênico.
Aceitamos de bom grado que prefeituras e governos admitam não ter verbas para educação e saúde, desde que tenham grana para festas deréveillon com um foguetório hollywoodiano e atrações musicais de 5ª categoria, com shows de Claudia Leitte, Preta Gil, Sorriso Maroto, Diogo Nogueira e outros nomes de nulidade artística evidente.
Fiquei sabendo que a “festinha” na Praia de Copacabana que rolou na semana passada custou inacreditáveis R$ 17 milhões, que a turma da Secretaria de Turismo do Rio apressou em declarar que foram pagas com patrocínios. E daí? Isto deu algum tipo de legitimidade ao desperdício monumental de dinheiro que poderia ter sido endereçado aos hospitais, por exemplo? Alguém saiu às ruas para protestar contra tal absurdo? Que nada. Por que estragar a festa e a alegria do povaréu com “questões menores”, né?
Soube também que produtores rurais de uma cidade chamada Venda Nova do Imigrante (ES) jogaram 20 mil caixas de tomate na beira da estrada porque o preço baixou muito. VINTE MIL CAIXAS!!! É, vamos jogar tudo fora. Por que doar esta quantidade de tomates para creches, instituições e comunidades esfomeadas do Estado, né? Vai dar um trabalhão, uma encheção de saco…. Somos um País desenvolvido, autossuficiente em alimentos e com uma logística de Primeiro Mundo, que permite que trabalhadores abram mão de vender o produto só porque houve uma queda no preço da fruta. Melhor deixar tudo apodrecer na beira da estrada. Vira “adubo natural”, né? É a velha merda de sempre: quando o preço do tomate sobe, todo mundo grita “Meu Deus, olha o preço do tomate! Culpa da crise”; quando o preço cai, os produtores “Temos que jogar fora, estamos perdendo dinheiro! Culpa da crise”. Dá para viver com dignidade em um País como este?
Os sinais de que estamos nos deteriorando como Nação são mais evidentes conforme os dias vão passando. Ignoramos a gravidade de nossa realidade e os avisos de que tudo vai piorar. Nossa displicência e conivência com os repetidos erros administrativos são reflexos de nosso próprio descaso em relação ao que acontece ao redor da comunidade em que vivemos.
Adoraria demonstrar algum tipo de otimismo, mas não consigo. Não há fervor de positividade que resista à perdição de nossas almas, que tratam uma tragédia anunciada como se fosse mais uma “balada, uhuuuu”.
Nosso presente em 2016 é um lixo. Adivinhe como será o nosso futuro…
É isso que as nossas autoridades políticas quer para toda a população, Eles se tornaram inimigos número 1º da população/nação/Brasileira. A Sociedade é cruel e hipócrita quando se refere a nação/pobre/Brasileira.
Esse é o Brasil dos Brasileirinhos, que sofre, luta para tirar os políticos da miséria.
Nosso presente em 2016 é um lixo. Adivinhe como será o nosso futuro…
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