Eduardo Cunha e a ansiedade do tuiteiro
Boa essa matéria ...
Li que tem o nome desse Senhor citado em 23 processos!! E o mais ridículo é ele querer se impor seus interesses como se fosse um Politico, ao envés de querer ser REI ele deveria ser um representante do " povo/população/Brasileira " dentre outros representantes. Isso ele não é, e nunca será !?
Cunha é um político a moda coronel antigo, uma espécie de Eurico Miranda do Congresso que quer ser o Centro das Atenções, quer o poder pelo o Poder, se for preciso destruir o Brasil, Ele faz isso na boa, sem olhar as consequências, ele está nem aí pelo que vai acontecer, afinal o povo/população/Brasileira é tudo gado no seu curral.
A culpa não é dele, a culpa é dos ignorantes que votaram num POLÍTICO como esse ...
Ninguém nem sabia quem era esse sujeito e do nada vem mandar no Brasil. Só para acrescentar ele sempre foi estrategista, sempre mandou em tudo, só que a mídia/imprensa não o conhecia como tal ... ai claro é demais revejam as normas sobre o Presidente da Câmara, como alguém que o Brasil parecia não conhecer pode mandar tanto ? mudem a legislação sobre os poderes do Presidente da Câmara isso sim seria uma verdadeira reforma política !?
O tuíte é a extensão de uma sinapse. Aquilo que pensamos dizer e não dizemos, ou que não devíamos dizer quando pensamos, tem na rede o registro de um pensar alto. Depois do Twitter, o desabafo contra o juiz que prejudica nosso time não fica mais restrito às quatro paredes. O mesmo sobre nossas confissões mais impensadas, que ganham ressonância, testemunhas, aplausos e constrangimentos por osmose.
Entre amigos, costumo dizer que o Twitter é a distopia da ansiedade contemporânea. Não é preciso articular o pensamento para escrever o que se pensa. Basta pensar alto. E ser enxuto. No futuro, as frases-feitas atribuídas ao ditado popular ensinarão que o sábio conta até dez quando fustigado; o tolo corre para a internet. Concluída a sinapse, o estrago está feito.
Entre tolos e sábios, é bom desconfiar de quem anuncia medidas irrevogáveis em 140 caracteres antes e depois do expediente. A consciência não opera na mesma dinâmica, embora demore (para os padrões atuais) a se manifestar. Os superiores imediatos, idem.
No fim de semana, fustigado pelas críticas reverberadas no Congresso do PT, o presidente da Câmara praticamente sepultou aliança a entre o partido e o seu PMDB. Primeiro, em uma entrevista. Depois, pelo Twitter. É possível, pelo andar da carruagem, que o casamento esteja mesmo no fim, mas a forma como foi anunciado diz mais sobre seu autor do que sobre a conjuntura. Eduardo Cunha, perfilado como um sujeito frio e calculista, tem se revelado (quem diria?) uma liderança ansiosa e incontrolada. Em seu califado, articulado entre homens de fé e deuses da lei, ele antes se porta como o sujeito afoito incapaz de esperar a hora de agir ou falar.
Quando age, atropela. Quando diz, atropela. Talvez por excesso de pensamento. Mas talvez por falta dele.
A velocidade com que o presidente impõe sua pauta na Câmara é a velocidade de um post de Twitter. É o melhor dos mundos para os receptores não menos apressados. Num período de incertezas naturais, forçadas ou inevitáveis, toma a dianteira quem se apressa em encaminhar uma resposta, ainda que ruim, a qualquer impasse. Cunha já recebeu elogios rasgados de quem não costuma pensar antes de escrever. O resultado (escrito) é algo parecido como um arroto.
Seja como for, o peemedebista é o homem público que melhor incorpora nossa ansiedade tuiteira. A ponto de levantar em nós um batalhão de lupas para entender o cálculo político de uma declaração no Twitter – a mesma rede pela qual ele chama jornalista de “moleque”, responde críticas com beicinho (tipo “bobo e oportunista é você”) e diz receber com alegria as hostilidades que apontam estar no caminho certo.
Desta vez, ao anunciar o fim da aliança governista, Cunha “absorveu o diretório nacional do PMDB, a convenção partidária e a presidência peemedebista”, como bem lembrou Janio de Freitas, na Folha de S.Paulo. No post, o presidente da Câmara se diz doído pelas agressões ao seu partido – geralmente resumidas a gritos anônimos de “Fora, Cunha” ou pela conversa estranha sobre desentendimentos entre o chefe da Casa Civil petista e o chefe da articulação política do PMDB.
Seria interessante saber de Michel Temer como recebeu a notícia de que integra sem mais fazer parte do governo do qual foi eleito vice-presidente. Ou saber o que os ministros peemedebistas a cumprir expediente na segunda-feira pensaram sobre o aviso prévio. Quem desautoriza quem?
Essa mesma ansiedade de dizer por si em nome de todos tem levado o presidente da Câmara a dizer como e quando os projetos de seu interesse serão votados no Plenário. Os trabalhos das comissões, lentos e independentes demais, são descartáveis. O ritmo de trator pode ser útil para erguer shoppings e igrejas antes do fim da legislatura. Os rastros de destruição e intolerância pelo caminho é que não cabem num tuíte.
Cunha é um político a moda coronel antigo, uma espécie de Eurico Miranda do Congresso que quer ser o Centro das Atenções, quer o poder pelo o Poder, se for preciso destruir o Brasil, Ele faz isso na boa, sem olhar as consequências, ele está nem aí pelo que vai acontecer, afinal o povo/população/Brasileira é tudo gado no seu curral.
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