quarta-feira, 8 de julho de 2015

Bom, se ela diz que não vai é porque vai. Tá perdida, não sabe o que fazer para não cair, cada vez mais sozinha, está colhendo o que plantaram.


Em entrevista, Dilma isenta PMDB de ‘golpismo’ e deixa exposta a distância de Lula e do PT.

Bom, se ela diz que não vai é porque vai.
Tá perdida, não sabe o que fazer para não cair, cada vez mais sozinha, está colhendo o que plantaram.








Opositores avaliam que a presidenta Dilma Rousseff mordeu a isca ao convocar entrevista e se reunir com auxiliares para anunciar o Programa de Proteção ao Emprego e reagir ao “clima de impeachment” lançado na véspera em direção ao Planalto. No domingo, 05/07, o senador Aécio Neves, reconduzido à presidência do PSDB, havia jogado uma série de petardos em direção ao governo petista e deixou clara, não nas entrelinhas, mas com todas as palavras, a desconfiança de que Dilma não chega até o fim do mandato. Em tese, ninguém falou em renúncia ou impeachment, mas o espírito rondou o ar, gerou reações e foi captado pelas antenas mais ou menos atentas.
Horas depois a presidenta concedeu entrevista à Folha de S.Paulo para comentar a possibilidade de ser solapada do cargo: “Não vou, não vou, não vou”.
Se a resposta é convincente ou não, cabe aos seus eleitores, agora escondidos atrás da moita, responderem. O que mais chamou a atenção na entrevista, no entanto, não foi o desafio aos opositores a tirá-la do poder, mas a confissão, nas entrelinhas, do próprio isolamento, a começar pela ausência de qualquer referência ao PT.
Sobre o antecessor e até ontem principal cabo eleitoral, a entrevista soou quase como um anúncio de divórcio: “Lula tem todo o direito de dizer onde ele está e onde ele acha que estou. Não me sinto no volume morto, não. Estou lutando incansavelmente para superar um momento bastante difícil no país”.
Ou seja: Lula sabe onde está, mas não sabe onde estou.
Na mesma entrevista, Dilma conclamou os opositores a provar que ela tenha pegado um tostão dos recursos desviados. “Quando eles corrompem, eles sabem quem corrompem”, disse a presidenta, já aparentemente indisposta a pagar a conta que, garante, não é dela.
A resposta acontece em um momento em que a oposição parece ter mudado a direção dos ataques. Se antes, de olho em 2018, centravam fogo no PT e no papel do ex-presidente Lula dentro do partido, a começar pela convocação de Paulo Okamotto, do Instituto Lula, para depor em CPI, agora a baixa popularidade da presidenta, avaliada como irreversível por parte dos aliados e dos inimigos, anima os postulantes de 2014 a espalharem o fogo sobre a mata seca para forçar a retirada em grupo.
A resposta já não é uma tentativa de conter o incêndio e salvar quem puder, mas de salvar a própria pele – pois ninguém o fará por ela. Passa a ser sintomático que a defesa mais incisiva da presidenta um dia após a cabeça dela ser colocada a prêmio tenha partido do vice-presidente Michel Temer, supostamente o elo entre o pesadelo petista e o sonho tucano. Como parece sintomática a menção de Dilma ao PMDB, com quem governa, ou tenta governar, de fato. “Quem quer me tirar não é o PMDB. Nã-nã-nã-não! De jeito nenhum. Eu acho que o PMDB é ótimo”.
Pode ter sido um exercício involuntário de ironia, mas a se fiar pelo tom da entrevista, parece claro em quem a presidenta Dilma confia e em quem não confia para chegar viva até o fim do mandato.

Um comentário:

  1. Essa novella, tem que terminar com final feliz, em benefício ao povo/população/Brasileira que sofre e está sofrendo muito!

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