segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Minha Opinião: Jornalista/Repórter. Rubenn Dean. rj Boa essa matéria, mas ainda assim tem suas observações. Quando falamos, escrevemos, publicamos sobre: Moral, Ética, Verdade é modelo que nunca envelhece seja na Politica ou Jornalismo. Ainda que hoje seus valores caíram muito. Jornalista prestador de vassalagem no passado se chamava "o bobo da corte", ( Significado de vassalagem . O que é vassalagem: Termo feudal em que o indivíduo (vassalo) oferece fidelidade ao seu suserano e em troca recebe proteção e outros agrados ). Infelizmente é assim no mundo inteiro e hoje ainda está pior. Obs: O errado e certo, o certo é errado; é a realidade do Jornalismo nos dias de hoje... Expor suas verdades, nos dias de hoje, e ser honesto, e caso de morte.


Sobre jornalismo, política e os modelos envelhecidos.

Minha Opinião:
Jornalista/Repórter. Rubenn Dean. rj
Boa essa matéria, mas ainda assim tem suas observações.
Quando falamos, escrevemos, publicamos sobre: Moral, Ética, Verdade é modelo que nunca envelhece seja na Politica ou Jornalismo. Ainda que hoje seus valores caíram muito.
Jornalista prestador de vassalagem no passado se chamava "o bobo da corte", ( Significado de vassalagem . O que é vassalagem: Termo feudal em que o indivíduo (vassalo) oferece fidelidade ao seu suserano e em troca recebe proteção e outros agrados ). Infelizmente é assim no mundo inteiro e hoje ainda está pior.
Obs:
O errado e certo, o certo é errado; é a realidade do Jornalismo nos dias de hoje...
Expor suas verdades, nos dias de hoje, e ser honesto, e caso de morte.














Estudantes de jornalismo de duas faculdades me chamaram para falar, num intervalo de uma semana, sobre os desafios e o futuro da profissão. No primeiro encontro, na USP, o tema era jornalismo e cinema. No segundo, na Cásper Líbero, sobre jornalismo e política.
Nunca fui especialista nem setorista nem de um tema nem outro e o primeiro pensamento que me assaltou, antes de ensaiar uma tentativa frustrada de refugo, foi o que pensariam os colegas que caíram de cabeça na profissão e cobrem diariamente cinema e política. No mínimo, que eu estava ocupando um espaço indevido.
O fato de ser convidado a falar sobre assuntos aparentemente distantes, e sobre os quais tenho interesse e escrevo (de abelhudo) recorrentemente, me fez pensar durante dias sobre os rumos e escolhas que havia feito desde 2002 – quando cruzei, coincidentemente, os corredores daquelas duas faculdades para fazer a matrícula para os cursos de jornalismo e ciências sociais.
No convite estava embutido um exercício pouco confortável de saber que não estava menos confuso do que nos tempos de calouro. Pior: esse desconforto deveria ser assumido ao lado de profissionais cujo trabalho acompanho e admiro desde o antigo colegial. Um zagueiro recém-saído das categorias de base não se sentiria tão desconfortável em uma mesa-redonda ao lado de Franz Bechenbauer e Luis Pereira.
Mas fomos lá, não sem antes sonhar, noite sim, noite também, que na plateia encontrava versões mais novas de mim mesmo desapontadas por saber que eu, dez anos depois de formado, não tinha nada de estupendo para contar. No sonho, travava sem conseguir dizer nada quando instado a responder qualquer questão no melhor dos pesadelos; no pior, levantava e me dava conta de que estava de cuecas diante do público e de mim mesmo, tamanho medo inconsciente da exposição.
Para não decepcionar ninguém, nem a mim mesmo, ensaiei um roteiro para as duas apresentações. Na USP, cheguei com um calhamaço preso entre a tampa e a caneta para falar sobre meu encantamento tardio pelo cinema, meu ressentimento por não ter ouvido falar dos diretores-chave nos tempos de escola, das minhas folgas nos jornais gastas em sessões duplas e triplas do circuito Paulista-Augusta para fechar as janelas do mundo (em vez de abri-las) e ficar algumas horas do mês inteiro em silêncio comigo mesmo (leia a íntegra AQUI). Ensaiei até frases de efeito, saídas sem qualquer naturalidade, sobre a escrita como um exercício para dividir o peso das perguntas e não da busca por respostas.
Tinha como desculpa o argumento de que me interessava por cinema, e até em escrever sobre cinema, mas não em ser um jornalista especializado em cinema – o que me conferia uma certa liberdade para transitar entre o filme e a memória que ele me despertava. Em suma: falei, falei e não disse nada.
Falar sobre política era mais complicado, já que estive, ao menos por um tempo, entre as margens e o centro da cobertura – e hoje alimento um blog sobre o assunto. Mas não estou na rua. Não estou em Brasília. Ainda assim, me esforço para explicar o que acontece a quilômetros a partir das leituras de toda manhã.
Explicar como isso acontece era confessar em público que já não me interesso em ser jornalista como me interessava em 2002, quando me sentava ao lado de meus colegas do outro lado do auditório. Porque já não me interessa o que é dito pelas personalidades do momento (90% delas, as mesmas de 2002), mas o que não é dito por elas. Em resumo, foi preciso sair do quebra-queixo diário da profissão, quando anotava e transcrevia recados, para dar início a uma tentativa, não sei se bem sucedida, provavelmente não, de desconstrução de discursos oficiais.
Não existia essa função quando cheguei à faculdade. Naquele tempo, me imaginava dali a dez anos como repórter ou como editor, mas não como alguém que mistura os assuntos e não tem uma função específica. Um ornitorrinco provavelmente teria menos dificuldade em se apresentar como mamífero, apesar do bico.
Na dúvida, me preparei para dizer aos estudantes, e a mim mesmo, que o desafio da profissão hoje não é apenas (e não só) noticiar, mas contrapor notícias e articular contextos (leia mais AQUI). Os sonhos não envelhecem, garante a música, mas se transformam. No fundo, o cinema, a política, o esporte ou qualquer outro assunto delimitado em seções não impede a transversalidade de um mesmo pano de fundo: nossa convivência diária com uma realidade perversa, ainda autoritária, baseada na agressividade de discursos que descambam para o racismo, o sexismo, o paternalismo, o patrimonialismo e tantos “ismos” que, nos tempos de estudante, eram para mim forças invisíveis e naturalizadas. Os temas que mais me interessam nascem e morrem dentro de casa, e de vez em quando circulam na esfera pública. É preciso captá-las para não reproduzi-las. É preciso procurar com lupas nossos preconceitos mais arraigados – e, consequentemente, a natureza excludente de nossos discursos conscientes e oficiais. Isto exige um outro exercício além do exercício de apuração. Exige outras leituras. Outras vivências. É como ficar num meio-termo entre a urgência da informação e a profundidade dos livros de formação. O risco é ser nem uma coisa nem outra.
No roteiro escrito a mão, que no fim nem sequer usei, tentava falar sobre como os modelos vitoriosos de 2002, ano em que entrei na faculdade e acompanhei minha primeira eleição de perto, já não se aplicavam aos dias de hoje. Nem na política nem em lugar algum. A culpa, talvez, seja da chegada de tecnologias inexistentes naquele tempo, que mudaram, em parte, nossa forma de pensar, sentir e nos relacionar com mundo. E de nos comunicar com ele. Este mundo, graças aos smartphones, passou a caber dentro do bolso, e há mais desses aparelhos do que habitantes hoje no Brasil.
O resultado? Bom, hoje estamos mais ágeis, mais conectados, mais críticos, mais ansiosos do que em outros tempos. Acessar a informação já não é problema para quem não tinha a assinatura de jornais na cesta básica doméstica até pouco tempo. O desafio é filtrar, contextualizar e ampliar o entendimento relacionado à informação, venha ela de onde vier. Isso desafia em dobro o jornalista hoje. Ele já não tem o monopólio da informação, não é o único que grava, relata, informa divulga. Nem é o privilegiado detentor do contato com quem tem o monopólio do poder e do conhecimento. Disputa entre cotoveladas espaço e prestígio com câmeras pessoais, demandas de movimentos organizados (mulheres que não se reconhecem em cadernos supostamente para mulheres, por exemplo), 
autoridades que se comunicam em rede sem convocar coletiva, listas fechadas em rede aberta, ofertas de entretenimento e fotos de gatinhos, bebês e flagrantes da vida privada. O deslocamento da publicidade para outros meios, mais diretos e mais interativos, é resultado dessa nova dinâmica. As demissões em massa, também – e a angústia de sentir minha profissão se desintegrar foi ampliada, no mesmo dia, com a notícia sobre os cortes no jornal O Globo, outro entre tantos dos grupos de comunicação ao longo do ano.
Entender essas mudanças é uma forma de evitar colapsos como o da Copa de 2014 – quando o modelo paternalista, centralizador, avesso ao conflito, altamente hierarquizado e com discursos sobre conquistas, família e grupo fechado (fe-cha-do) que venceu em 2002 foi aplicado pelo mesmo treinador 12 anos depois e produziu o maior fiasco do nosso futebol. Perdemos para uma seleção mais ágil, mais horizontalizada, mais relaxada, com lideranças espalhadas por todo o campo e sem funções específicas. Fomos atropelados não por uma equipe, mas pela passagem do tempo e suas novas relações de poder.
Em política, o impasse atual é o prenúncio de um mesmo colapso: as velhas lideranças eleitas com discurso de “meu x dele”, “bem x mal”, “pai/mãe x povo”, “salvadores x vilões” não conseguem compreender as demandas de movimentos organizados à margem do sistema político. Pudera: insistimos num modelo personalista e salvacionista que atravessa um sistema partidário difuso, fragmentado e com baixíssimo grau de participação popular. O resultado é que, enquanto a diversidade surge como um valor do mundo contemporâneo, grupos articulados em bancadas temáticas de quem os financia e/ou impulsiona campanhas apoiam-se em velhos manuais, quase todas consagrados pela normatividade, para dizer, de cima para baixo, o que é certo e errado, justo ou injusto, limpo ou sujo, inclusive em nossas relações afetivas e familiares. Querem legislar, por exemplo, sobre como um professor deve agir em sala de aula. Querem legislar sobre nossos corpos. Sobre nossas camas e orientações. Sobre nossos limites. É uma contradição e tanto de quem não entendeu o próprio mundo fora da bolha.
Antes do encontro, era mais ou menos isso o que eu queria dizer, não sei se exatamente dessa maneira: hoje o circuito da livre circulação das ideias permite esse exercício de decupagem de desafios, embora não exista ainda nome para essa função.
Tanto rodeio não me impediu o desgosto de não ter a resposta quando questionado sobre “que dica você tem para quem quer entrar no mercado de trabalho?”. Lembrei, então, que é esta, e não outra, a angústia de qualquer estudante: ser selecionado ou não. Entrar no bolo ou não. (No dia seguinte, no mesmo evento, uma especialista e calibre maior que o meu garantiu que só 10% daquela plateia trabalharia em redações; outro se esforçou por delimitar o que era ou não jornalismo nas muitas formas e produção de conteúdo e conhecimento).
Eu, que há um ano decidi reduzir o ritmo para poder ver meu filho crescer, e priorizei o futebol entre amigos na segunda-feira em detrimento da especial de domingo, me senti desautorizado a dar qualquer resposta. Era o anti-exemplo da mesa. Talvez devesse apenas dizer: “tenha um plano de fuga”.
Mas isso não diria em público para não expor, ainda mais, as ilusões perdidas por uma rotina que muito me deu, mas também muito me tirou. Se pudesse me ouvir naquela plateia, diria a mim mesmo em direção ao futuro: “O mercado gosta de gente curiosa, flexível, que aprenda rápido. Faça cursos, desenvolva suas habilidades, crie vivências. Mas tão importante quanto entrar pelas portas é como entramos, como permanecemos e como saímos delas. Terá valido a pena se você ficar feliz ao rever os amigos que a profissão te apresenta. E se eles também ficarem felizes quando te reencontrarem. Uma mão esticada na hora do aperto vale mais do que o nome em primeiro destaque. É bom se cobrar, mas não tem bronca que valha uma noite de sono. Evite falar de trabalho no bar. Esconda esse crachá ridículo quando deixar a redação. Ninguém aguenta quem tem sempre os mesmos assuntos sobre as autoconquistas. Estamos todos fartos de semideuses. Tenha amigos de outras profissões. Circule pela cidade. Pegue ônibus. Fale com as pessoas no ponto. Tente entender a lógica daquela tia preconceituosa. Tenha sempre mais perguntas do que respostas. Ah, e leia os clássicos antes dos primeiros plantões. Se deixar para depois, pode ser tarde demais. Com os anos a gente cria calos. Mas também emburrece”.

Um comentário:

  1. Minha Opinião:
    Jornalista/Repórter. Rubenn Dean. rj
    Boa essa matéria, mas ainda assim tem suas observações.
    Quando falamos, escrevemos, publicamos sobre: Moral, Ética, Verdade é modelo que nunca envelhece seja na Politica ou Jornalismo. Ainda que hoje seus valores caíram muito.
    Jornalista prestador de vassalagem no passado se chamava "o bobo da corte", ( Significado de vassalagem . O que é vassalagem: Termo feudal em que o indivíduo (vassalo) oferece fidelidade ao seu suserano e em troca recebe proteção e outros agrados ). Infelizmente é assim no mundo inteiro e hoje ainda está pior.
    Obs:
    O errado e certo, o certo é errado; é a realidade do Jornalismo nos dias de hoje...
    Expor suas verdades, nos dias de hoje, e ser honesto, e caso de morte.

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